quinta-feira, 9 de abril de 2009

E a dor maldita que não passa



Como um punhal que corta
Indiferente à ferida e ao sangue que brota
A dor inunda-me as veias da alma
Sem tréguas, piedade ou misericórdia

Lá fora, o céu de um azul intenso
Preenche-me o olhar
Levando-me a pensar, fazendo-me acreditar

E a dor maldita que não passa…

Realidade sem qualquer sentido
Aquela onde me encontro
Nada se encaixa, tudo se resume
A gélidos farrapos de nada

Lá fora, crianças felizes brincam
Dando gritinhos e risadas
Banda sonora de uma inocência efémera,
mas para sempre desejada

E a dor maldita que não passa…

De mãos vazias encaro o futuro
Vazias de esperança ou de intenções
Numa espera muda e surda
Onde o pensamento é meu companheiro

Lá fora o tempo corre
Sem dar sinais de abrandar
Horas, minutos, segundos,
unidos num lento pesar

E a dor maldita que não passa…

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