sábado, 28 de fevereiro de 2009
Para onde vai a paixão...
Esta é uma pergunta que me coloco quando oiço que a paixão não dura para sempre e acaba rápido. Pois bem, se tem um determinado tempo de vida, para onde vai ela depois de "morrer"? Para o céu? Para o inferno? Nunca ouvi falar num funeral de uma paixão...haverá um paraíso das paixões? Quando a vivemos pensamos que é eterna, mas quando começamos a sentir que ela foge como a areia da praia por entre os dedos de uma criança sentimo-nos perdidos e desamparados...Mas, e ela? Como se sentirá a paixão a um passo de desaparecer?
Sentimento de forte presença, deixa marcas duradouras que podem ser memórias boas ou simples passagens temporais que podemos negar, mas das quais jamais poderemos fugir. Tal como um amigo ou um familiar que desaparece, a paixão é recordada com saudade. Há quem nunca se habitue a perde-la e a procure constatemente. Depois, há os resignados que aceitam o seu "desaparecimento" como um facto normal da vida... Por muito que me digam que ela não "morre", que apenas se "transforma" em amizade, amor ou companheirismo não me sinto convencida. E, a minha questão permanece: para onde vai a paixão quando a deixamos de ter por perto?
Shearwater - Rooks
Fabulosa canção que, reconheço, conheci há muito pouco tempo. "Rooks" dos Shearwater é poderosa e intensa. Absolutamente... uma excelente canção. Coloquem o volume no máximo e ouçam...se forem como eu volume no quase topo será uma constante... é um entranhar da música em nós, a tomar poder sobre o corpo e a mente. É ela que lidera, que dirige e que controla as emoções. Devia haver um partido politico que defendesse no seu programa eleitoral um maior poder para a música. Certamente todos andariamos muito mais felizes, pois, independentemente do género ou do estilo, com música a vida é muito mais "VIDA". Por isso "POWER TO THE MUSIC"!
Franz Ferdinand
"Tonight" novo disco dos Franz Ferdinand.
Terceiro registo da banda britânica que se tem revelado fora de série. A magia continua com Alex Kapranos e os seus amigos de "luta" que na cidade de Glasgow deram origem a um dos mais destacados fenómenos da música actual. Com "Tonight" continuam as grandes músicas, mais "dançaveis" do que nos registos anteriores, mas igualmente únicas e memóraveis. Um registo a descobrir vezes sem conta.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Fernando Pessoa - Cartas de Amor
Estas cousas fazem soffrer, mas o soffrimento passa. Se a vida, que é tudo, passa por fim, como não hão de passar o amor e a dor, e todas as mais cousas, que não são mais que partes da vida?
Na sua carta é injusta para commigo, mas comprehendo e desculpo; decerto a escreveu com irritação, talvez mesmo com magua, mas a maioria da gente - homens ou mulheres - escreveria, no seu caso, num tom ainda mais acerbo, e em termos ainda mais injustos. Mas a Ophelinha tem um feitio optimo, e mesmo a sua irritação não consegue ter maldade. Quando casar, se não tiver a felicidade que merece, por certo que não será sua a culpa.
Quanto a mim...
O amor passou. Mas conservo-lhe uma affeição inalteravel, e não esquecerei nunca - nunca, creia - nem a sua figurinha engraçada e os seus modos de pequeneina, nem a sua ternura, a sua dedicação, a sua indole amoravel. Pode ser que me engane, e que estas qualidades, que lhe attribúo, fossem uma illusão minha; mas nem creio que fossem, nem, a terem sido, seria desprimor para mim que lh'as attribuisse.
Não sei o que quer que lhe devolva - cartas ou que mais. Eu preferia não lhe devolver nada, e conservar as suas cartinhas como memoria viva de uma passado morto, como todos os passados; como alguma cousa de commovedor numa vida, como a minha, em que o progresso nos annos é par do progresso na infelicidade e na desillusão.
Peço que não faça como a gente vulgar, que é sempre reles; que não me volte a cara quando passe por si, nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor. Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infancia, que se amaram um pouco quando meninos, e, embora na vida adulta sigam outras affeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memoria profunda do seu amor antigo e inutil...
Demónios e felicidade
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Lançamento do disco Bairro Alto Hotel
Decorreu ontem, dia 19, no Café Bar BA a apresentação do disco Bairro Alto Hotel. A selecção dos temas, da responsabilidade de Pedro Barros, é demonstrativa da riqueza e da variedade musical portuguesa a qual assume as mais varidas vertentes. Testemunho da nossa herança cultural e da nossa história, a música é, ela também, um dos nossos maiores valores nacionais. Estão de parabéns pela fantástica iniciativa os responsáveis do hotel, a Produção Pura e a Universal Music Portugal.
Bairro Alto Hotel - Quarto com vista sobre a cidade
Quem passa apressadamente pelo Largo do Camões, no coração do Chiado, quase nem dá por ele. Mas aqueles que apreciam realmente a zona e a pureza da sua arquitectura de imediato se apercebem da sua presença. Inesquecível sem forçar e marcante sem se impor, o edifício amarelo que alberga o Bairro Alto Hotel faz companhia ao poeta, nome maior das letras nacionais.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Memórias de infância
Gosto de ti porque sim
Gosto de ti porque tenho esperança
Que tu também gostes de mim"
Love and Rockets - Saudade
Uma das mais belas músicas de sempre...
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Tindersticks - My Oblivion
13 de Fevereiro de 2009
Véspera do dia dos namorados, muitos foram os "pares" que encheram um Coliseu de Lisboa ansioso por ouvir "as canções de amor e redenção" dos Tindersticks. Execução perfeita, foram músicas soberbas aquelas que serviram de acompanhamento a uma noite onde o amor deu o mote. Um concerto a recordar...forever...
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
In a manner of speaking
In a manner of speaking I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the may I feel about you is beyond words
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me everything
In a manner of speaking Semantiks won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel might have to be sacrificed
So in a manner of speaking
I just want to say
That like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
Give me the words
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
O Telefonema
Chegaram as seis e meia da tarde. Ela vestiu o casaco, colocou baton e deu um jeito ao cabelo. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Na verdade, esse sentimento era coisa rara, mas naquela tarde foi isso que sentiu ao rever-se no espelho. Saiu para a rua e uma corrente de ar frio vinda do mar, seu vizinho fiel, cravou-se-lhe nas faces fazendo-a reagir. Bolas que frio, pensou. Lembrou-se do dia que passou enquanto percorria a calçada. Ao mesmo tempo que pisava as pedras com cuidado para que os saltos não se prendessem, recordava cada uma das emoções que lhe tinham sido apresentadas. De todas, fixou-se naquela causada pela memória, ainda presente, de uma voz que, sem aviso prévio e pelo telefone, lhe desejou um bom dia. Agora, tal como na altura, não imagina quem fosse, agora, tal como no momento, sentiu saudades. De quê? Fica a questão. Dela? Talvez... De outro? Porque não... Nem ela sabe... mas sabe que aquele arrepio que sentiu com aquela voz, com aquele bom dia a trouxe de novo à vida. E, voltou a achar-se bonita...
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Obrigada por falares...
Letras que se juntam e formam palavras
Palavras que se conduzem mutuamente transformando-se em frases
Frases que se completam, com sentido ou não, dando origem a uma conversa
Conversas que ficam como momentos e instantes de troca
Onde repartimos segredos, preocupações, alegrias e tristezas
De tudo um pouco se compõem estes segundos de partilha
Mesmo longe, mesmo distantes são as conversas que ligam
Podem surgir sem motivo, continuar sem nexo
Mas isso não diminui a sua importância
Celebremos então o valor das palavras trocadas, cantadas ou trauteadas
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Saudades...de ti
É tudo aquilo que fica de um presente tornado passado
É o que resta de uma felicidade efémera, quem sabe passageira
Saudade é o que sinto quando em segredo o teu nome falo
A mesma saudade me invade quando a memória transporta até mim cheiro, sabor e cor
A música preenche a vida e os instantes que a compõem
A música dá-me alegria e felicidade
E é ela que, sem saber, me aproxima de ti
É ela que nos mantém próximos, como antes, como durante, e, tal agora, no depois
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Kaiser Chiefs - Everyday i Love You Less And Less
1 de Fevereiro de 2009
Confesso que não estava à espera do que vi quando, dias antes numa ida até à FNAC, decidi comprar os bilhetes para ver os Kaiser Chiefs, no Coliseu de Lisboa. Já me tinham dito que energia por ali não faltava e que certamente iria gostar. Pois foi isso exactamente o que aconteceu, gostei bastante. Foi um concerto cheio de boa energia, muita adrenalina e boa música. Excelente concerto e excelente banda!