sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quero gritar...mas não me deixam


Quero gritar palavras de ordem
Quero gritar palavras de amor
Quero que o mundo oiça o meu clamar e a minha dor

Quero gritar até a voz me doer
Quero gritar até nada sentir
Quero que a gente sinta o meu sofrer

Quero que todos desejem a paz
Quero que o mundo deixe de olhar para tras
Quero que a vida ganhe novo impulso e renovado sabor

Mas taparam-me a boca e tiraram-me a voz
Fizeram de mim um ser amorfo
Que, incapaz de gritar, para sempre se vai calar

Levaram de mim o mais puro do meu ser
Roubaram-me a vida e, na essência, o meu viver
Hoje sou apenas isto, algo que vegeta

Amanhã quem sabe o que serei,
Talvez um objecto andante e falante
Nada de mais importante







Dream Time...or not...


Lá fora é a vida que corre
Lá fora é a velocidade do vento
Que dita as palavras, os sons e as rimas

Lá fora é a realidade que sangra
Lá fora é dor que ecoa
Origem da sobrevivência dos que mais nada possuem

Lá fora o som do comboio sobre os carris de metal
É a banda sonora de um cenário cru e cruel
E tantas, tantas vezes, quase, irreal

Cá dentro é a vida que segue
Sem olhar para o lado
Com medo daquilo que ficou, absolutamente, estático, parado

O sonho é o espaço de fuga
Que tantas noites me faz companhia
É nele onde me sinto
Completa, total e segura

Salve to Sonic Youth

Fardo...de vida...de dor...


Se a vida fosse feita de instantes de verdade
Tudo seria muito simples ou, simplesmente, menos complicado
Mas como nada é como devia ser
Uma máscara todos devemos usar, branca, preta ou encarnada
Os olhos, esses objectos de sinceridade, já morreram
O que deles sobra é um brilho fosco
Que, reflectido no espelho das horas, testemunha apenas um tempo que passou
A magia da infância ficou presa no crescimento
A tesão da juventude esfumou-se em anos de dor e sofrimento
A verdade da idade adulta afogou-se na rotina
O futuro, se a ele temos direito, é uma efemeridade ambicionada
Vida de solidão
Vida de estranheza
Composta de muitas tristezas
Outras tantas alegrias
As lágrimas que antes me aliviavam
Hoje num fardo se transformaram

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Hoje apetece-me recordar....

Rodrigo Leão e Beth Gibbons no Centro Cultural de Belém:


Pedro Abrunhosa e convidados num concerto intimista no CCB:


Pixies no Coliseu de Lisboa numa noite inesquecível:


Miriam Makeba na Festa do Avante (momento para toda a vida):


Paul Simon no antigo Estádio de Alvalade na noite de 21 de Julho, celebração dos meus 18 anos (que saudades):


Sting numa fria noite no antigo Estádio de Alvalade entre very good friends:


Lloyd Cole no meu primeiro concerto de sempre no já desaparecido Pavilhão do Dramático de Cascais:


Nesse mesmo concerto memorável a primeira parte esteve a cargo dos saudosos Sétima Legião:

Quem Não Tem Cão...

Santo António padroeiro de Lisboa, deu o mote a uma iniciativa singular que animou Rio Maior no dia 13 de Junho. Alegria e noivas(os) vestidas de branco imaculado fizeram parar a cidade que já se começa a habituar às actividades da associação Quem Não Tem Cão...
A simpatia dos e das nubentes encheu as ruas da cidade que, depois de um inesquecível desfile, terminou numa tarde de boas conversas, partilha de experiências e comunhão de amizades de sempre.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

E se...............................


Se uma palavra bastasse para falar o que sinto
Se uma lagrima afirmasse a verdade escondida
Se um dia algo deixar de ser
Se num segundo tudo puder acontecer
Eu existo...
Eu estou aqui...
Se o futuro o oferecer
Se num futuro eu o aceitar
Se a vida acontecer
Se a vontade permanecer
Eu existo...
Eu estou aqui...
Se o medo continuar
Se a indecisão ficar no ar
Se vieres ter comigo
Se me quiseres ver
Eu existo...
Eu estou aqui...