sábado, 18 de abril de 2009

Ao fim da estrada...


Numa noite pintada de escuro breu
Ao fim da estrada um vulto se ergueu
Era uma silhueta disforme
Sem contornos ou qualquer definição
Que contra todos os medos segurou a minha mão

Com uma voz trémula e nada segura
Perguntei-lhe quem era
Com uma voz tranquila e sabedora
Respondeu sou aquele por quem espera

Num sussurro quase mudo
Contou-me ao que vinha
Levar-me de um mundo cruel
Fazer-me esquecer o caminho da ira

Desvendou-me o segredo eterno
Aquele que todos procuramos
Depois disto nada mais existe
Fica a memória do que amamos

O tempo passou a correr
Depois da noite o dia chegou
No meu leito calmo de tristeza
O meu sonho de morte acabou

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