
Numa noite pintada de escuro breu
Ao fim da estrada um vulto se ergueu
Era uma silhueta disforme
Sem contornos ou qualquer definição
Que contra todos os medos segurou a minha mão
Com uma voz trémula e nada segura
Perguntei-lhe quem era
Com uma voz tranquila e sabedora
Respondeu sou aquele por quem espera
Num sussurro quase mudo
Contou-me ao que vinha
Levar-me de um mundo cruel
Fazer-me esquecer o caminho da ira
Desvendou-me o segredo eterno
Aquele que todos procuramos
Depois disto nada mais existe
Fica a memória do que amamos
O tempo passou a correr
Depois da noite o dia chegou
No meu leito calmo de tristeza
O meu sonho de morte acabou
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