sexta-feira, 24 de julho de 2009

Laura...


As luzes da cidade iluminam a tristeza que preenche o rosto de Laura. O constraste entre ambas, luzes e tristeza, testemunha a singularidade desta noite que na aparência surge igual a tantas outras, mas que na essência delas se distingue. O motivo? Uma palavra lhe dá corpo: adeus. Laura diz adeus a algo que um dia a completou e a fez feliz, Laura diz adeus a um sonho que como as ondas do mar se diluiu nas areias da praia, Laura diz adeus aos momentos de efémera complementariedade que alguma vez sentiu.
Em seu redor o som da cidade preenche o vazio, mas é esse vazio que a faz sentir calma e tranquila. Na sua mente Laura grita " por favor calem-se"! Mas a vida teima em prosseguir o seu rumo. Na sua cabeça milhares de questões e dúvidas surgem, "se tivesse feito isto", "se naquele dia tivesse falado aquilo", "porque é que a minha boca não disse...".
Nada volta atrás, a vida corre como um rio e nada jamais volta a ser como dantes...Por isso Laura está triste, por isso chora lágrimas quentes, como quente foi o sentimento de união que teve o privilégio de sentir. Restam as imagens daqueles breves instantes de comunhão, os mesmos que vão trazer alegria às noites futuras onde a tristeza do rosto de Laura será iluminada pelas luzes da cidade que a rodeia...

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