sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quero gritar...mas não me deixam


Quero gritar palavras de ordem
Quero gritar palavras de amor
Quero que o mundo oiça o meu clamar e a minha dor

Quero gritar até a voz me doer
Quero gritar até nada sentir
Quero que a gente sinta o meu sofrer

Quero que todos desejem a paz
Quero que o mundo deixe de olhar para tras
Quero que a vida ganhe novo impulso e renovado sabor

Mas taparam-me a boca e tiraram-me a voz
Fizeram de mim um ser amorfo
Que, incapaz de gritar, para sempre se vai calar

Levaram de mim o mais puro do meu ser
Roubaram-me a vida e, na essência, o meu viver
Hoje sou apenas isto, algo que vegeta

Amanhã quem sabe o que serei,
Talvez um objecto andante e falante
Nada de mais importante







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